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História
Com
a ocupação dos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial, muitos
artistas japoneses tiveram contato com a cultura ocidental e,
influenciados pela cultura pop dos Estados Unidos, desenhistas em
início de carreira começaram a conhecer os quadrinhos e desenhos animados na sua forma moderna. Havia negociantes que contrabandeavam rolos de filmes americanos, desenhos da Disney e outros.
Entre
os principais artistas que se envolveram com a tal arte, estavam Osamu
Tezuka, Shotaro Ishinomori e Leiji Matsumoto. Estes três jovens, mais
tarde, foram consagrados no mercado de mangá. Na década de 1950,
influenciados pela mídia que vinha do ocidente, diversos artistas e
estúdios começaram a desenvolver projetos de animação experimental.
Na época em que o mangá reinava como mídia nasceram os pioneiros animes de sucesso: Hyakujaden (A Lenda da Serpente Branca) estreou em 22 de outubro de 1958, primeira produção lançada em circuito comercial da Toei Animation, divisão de animação da poderosa Toei Company e Manga Calendar, o primeiro animê especialmente feito para televisão, veiculado pela emissora TBS com produção do estúdio Otogi em 25 de junho de 1962, que teve duração de dois anos.
Logo em seguida, em 1 de janeiro
de 1963, é lançado Tetsuwan Atom, também conhecido como Astro Boy,
baseado no mangá de Osamu Tezuka, já com a estética de personagens de
olhos grandes e cabelos espetados vinda da versão impressa. Astro Boy
acabou tornando-se o propulsor da maior indústria de animação do mundo,
conquistando também o público dos Estados Unidos. Tezuka era um ídolo
no Japão e sua popularidade lhe proporcionou recursos para investir em
sua própria produtora, a Mushi Productions. Outras produtoras
investiram nesse novo setor e nasceram clássicos do anime como Oitavo Homem (Eight Man), Super Dínamo (Paa Man), mas ainda com precariedade e contando com poucos recursos, diferente das animações americanas.
Segundo Alexandre Nagado, "[...] em 1967 surge o primeiro anime com grande projeção fora do Japão, Speed Racer
(Maha Go Go Go, 1967), que apesar de produção pobre, se destacava por
ângulos de cena inovadores e muita criatividade nas histórias. Não por
acaso, virou sucesso no mundo inteiro e até hoje é muito cultuado.
Neste ano estrearam 14 séries, sem contar os desenhos que já estavam em
produção anteriormente. Dentre os clássicos daquele ano, A Princesa e o Cavaleiro (Ribbon no Kishi) e Fantomas
(Ogon Batto) marcaram época também por suas trilhas sonoras de nível
cinematográfico. No cinema, o número de produções era menor (apenas
quatro em 1967), mas foi aumentando aos poucos.
Na década de 1970, houve uma grande explosão de títulos. Além de animes para crianças pequenas (Kodomo) e outros para meninas (Shoujo), ocorreu também uma grande febre de desenhos com robôs gigantes (Mecha), graças ao sucesso de Mazinger Z (1972), criação do desenhista Go Nagai
e grande sucesso entre o público infanto-juvenil. Com diversos títulos
para serem vistos na televisão em episódios semanais, muitos sendo
exportados para outros países e com algumas obras sendo lançadas nos
cinemas, o animê mostrava que tinha chegado para ficar."
Nos anos 70, os studios Tatsunoko, criadores de Speed Racer, criaram um título chamado Gatchaman, que no Ocidente foi chamado de Battle of the Planets, que fez sucesso, assim como o próprio Speed Racer, e foi um dos animes de grande successo no mundo.
Os animes mais conhecidos atualmente são: Pokémon, Yu-Gi-Oh!, One Piece, Tokyo Mew Mew, Mermaid Melody, Sailor Moon, Dragon Ball Z, Naruto, Bleach, InuYasha, Cavaleiros do zodiaco ou Saint seiya , Sakura Card Captors , Digimon, Shaman King, Elfen Lied , Evangelion e Death Note.
Características
Os
animes apresentam características bastante distintas, como o uso de uma
direção de arte ágil, enquadramentos ousados, muito movimento de cena e
a abordagem de temas variados, como por exemplo, ficção científica,
aventura, terror, infantil, romance, etc. É bastante comum, mesmo nas produções infantis, se encontrar situações de humor adultas.
Há
também na animação japonesa grande presença de personagens
bem-humorados, mesmo que alguns tenham uma conotação homosexual ou
lésbica. As duas características são reflexos da cultura japonesa, onde
não há muita distinção entre homossexuais com heteros. Mas fora deste
contexto, como aqui no Ocidente, essas ações acabam por ser muitas
vezes mal interpretadas, levando em muitos casos à censura e adaptação
de personagens(o que torna o anime de certa forma chato de se assistir,
pois o mudam tanto que não se reconhece mais este).
Em muitas produções podemos conferir caracterizações exageradas de sinais visíveis de sentimentos. Alguns exemplos seriam:
Design de personagens
Tipos de anime
-Por formato
No Japão, os animes são lançados em três formatos:
-Gêneros
Há vários termos japoneses que definem gêneros tanto do anime como do mangá:
Os seguintes não são gêneros propriamente ditos, mas característica bastante presente em tais desenhos:
Outros gêneros paralelos aos ocidentais são: aventura, ação, ficção científica, comédia, desporto, drama, fantasia e romance. Há ainda temas que se repetem várias vezes: colegiais, demônios, artes marciais, magia, terror.
Animes
Na Língua portuguesa existem duas variantes para esta palavra: anime ou animê.
A
palavra anime não precisa ser lida como oxítona. Na língua japonesa não
existe diferenciação entre paroxítonas e oxítonas, causando uma
dificuldade na tradução para o português.
Alguns Autores afirmam que Anime veio da palavra inglesa Animation (Animação), outros afirmam que veio da palavra francesa Animée (Animado).
A relação entre o anime e o mangá
O
mais normal é que, quando um mangá alcança sucesso considerável de
vendas no Japão, ele seja transformado em anime e se este também
obtiver êxito, é traduzido e distribuído a outros países.
Eventualmente, diversos produtos relacionados ao mesmo começam a ser
produzidos, como jogos de videogame, bonecos e revistas.
Porém,
há também casos em que a ordem se inverte. Um exemplo disto é Neon
Genesis Evangelion, cujo mangá foi produzido após o sucesso da série de
tevê; Dragon Quest, que inicialmente era um jogo; e Pokémon (Pocket
Monsters no Japão) que primeiro era um jogo, a partir do qual foi
produzido um anime e depois um mangá.
Fãs de anime
Com
o crescente sucesso dos animes surgiu uma comunidade de fãs, tanto no
Japão quanto fora dele, que se tornaram conhecidos com otakus. O
próprio termo é alvo de discussões, pois no Japão o verbete possui
conotação pejorativa. Muitos dos espectadores de anime não se
consideram otakus preferindo fugir do rótulo controverso.
O estilo dos animes já influencia a cultura ocidental e está presente também além destes. Por exemplo, a grife Cavalera
já lançou uma coleção com alguns personagens clássicos, influências
orientais e até mesmo citações de yaoi. A banda Daft Punk tem o filme
Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem, que foi
produzido por Leiji Matsumoto e Kazuhisa Takenôchi,
animadores profissionais do Japão (que já fizeram desenhos como Digimon
e Sailor Moon) e é feito inteiramente em traços orientais. Os Linkin
Park também já fizeram referência a clássicos da animação japonesa como
Gundam, além de no seu video clipe de Breaking The Habit todo ele foi realizado usando a tecnica do anime. Madonna se arriscou na turnê Drowned World Tour e criou um bloco inteiro dedicado ao mundo oriental. Em uma das canções são mostrados alguns animes hentais (picantes) nos telões do megashow
de 2001 da popstar. Além disso, em seu mais novo clip, Jump (situado em
Tóquio), a cantora ainda parece se fantasiar de Mello, personagem de
Death Note. O Gorillaz foi outra banda que utilizou animes em seus
clipes.
Anime (por vezes escrito Animé ou Animê) é o nome dado à animação japonesa. A palavra Anime
tem significados diferentes para os japoneses e para os ocidentais.
Para os japoneses, anime é tudo o que seja desenho animado, seja ele
estrangeiro ou nacional. Para os ocidentais, anime é todo o desenho
animado que venha do Japão.
História
Com
a ocupação dos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial, muitos
artistas japoneses tiveram contato com a cultura ocidental e,
influenciados pela cultura pop dos Estados Unidos, desenhistas em
início de carreira começaram a conhecer os quadrinhos e desenhos animados na sua forma moderna. Havia negociantes que contrabandeavam rolos de filmes americanos, desenhos da Disney e outros.
Entre
os principais artistas que se envolveram com a tal arte, estavam Osamu
Tezuka, Shotaro Ishinomori e Leiji Matsumoto. Estes três jovens, mais
tarde, foram consagrados no mercado de mangá. Na década de 1950,
influenciados pela mídia que vinha do ocidente, diversos artistas e
estúdios começaram a desenvolver projetos de animação experimental.
Na época em que o mangá reinava como mídia nasceram os pioneiros animes de sucesso: Hyakujaden (A Lenda da Serpente Branca) estreou em 22 de outubro de 1958, primeira produção lançada em circuito comercial da Toei Animation, divisão de animação da poderosa Toei Company e Manga Calendar, o primeiro animê especialmente feito para televisão, veiculado pela emissora TBS com produção do estúdio Otogi em 25 de junho de 1962, que teve duração de dois anos.
Logo em seguida, em 1 de janeiro
de 1963, é lançado Tetsuwan Atom, também conhecido como Astro Boy,
baseado no mangá de Osamu Tezuka, já com a estética de personagens de
olhos grandes e cabelos espetados vinda da versão impressa. Astro Boy
acabou tornando-se o propulsor da maior indústria de animação do mundo,
conquistando também o público dos Estados Unidos. Tezuka era um ídolo
no Japão e sua popularidade lhe proporcionou recursos para investir em
sua própria produtora, a Mushi Productions. Outras produtoras
investiram nesse novo setor e nasceram clássicos do anime como Oitavo Homem (Eight Man), Super Dínamo (Paa Man), mas ainda com precariedade e contando com poucos recursos, diferente das animações americanas.
Segundo Alexandre Nagado, "[...] em 1967 surge o primeiro anime com grande projeção fora do Japão, Speed Racer
(Maha Go Go Go, 1967), que apesar de produção pobre, se destacava por
ângulos de cena inovadores e muita criatividade nas histórias. Não por
acaso, virou sucesso no mundo inteiro e até hoje é muito cultuado.
Neste ano estrearam 14 séries, sem contar os desenhos que já estavam em
produção anteriormente. Dentre os clássicos daquele ano, A Princesa e o Cavaleiro (Ribbon no Kishi) e Fantomas
(Ogon Batto) marcaram época também por suas trilhas sonoras de nível
cinematográfico. No cinema, o número de produções era menor (apenas
quatro em 1967), mas foi aumentando aos poucos.
Na década de 1970, houve uma grande explosão de títulos. Além de animes para crianças pequenas (Kodomo) e outros para meninas (Shoujo), ocorreu também uma grande febre de desenhos com robôs gigantes (Mecha), graças ao sucesso de Mazinger Z (1972), criação do desenhista Go Nagai
e grande sucesso entre o público infanto-juvenil. Com diversos títulos
para serem vistos na televisão em episódios semanais, muitos sendo
exportados para outros países e com algumas obras sendo lançadas nos
cinemas, o animê mostrava que tinha chegado para ficar."
Nos anos 70, os studios Tatsunoko, criadores de Speed Racer, criaram um título chamado Gatchaman, que no Ocidente foi chamado de Battle of the Planets, que fez sucesso, assim como o próprio Speed Racer, e foi um dos animes de grande successo no mundo.
Os animes mais conhecidos atualmente são: Pokémon, Yu-Gi-Oh!, One Piece, Tokyo Mew Mew, Mermaid Melody, Sailor Moon, Dragon Ball Z, Naruto, Bleach, InuYasha, Cavaleiros do zodiaco ou Saint seiya , Sakura Card Captors , Digimon, Shaman King, Elfen Lied , Evangelion e Death Note.
Características
Os
animes apresentam características bastante distintas, como o uso de uma
direção de arte ágil, enquadramentos ousados, muito movimento de cena e
a abordagem de temas variados, como por exemplo, ficção científica,
aventura, terror, infantil, romance, etc. É bastante comum, mesmo nas produções infantis, se encontrar situações de humor adultas.
Há
também na animação japonesa grande presença de personagens
bem-humorados, mesmo que alguns tenham uma conotação homosexual ou
lésbica. As duas características são reflexos da cultura japonesa, onde
não há muita distinção entre homossexuais com heteros. Mas fora deste
contexto, como aqui no Ocidente, essas ações acabam por ser muitas
vezes mal interpretadas, levando em muitos casos à censura e adaptação
de personagens(o que torna o anime de certa forma chato de se assistir,
pois o mudam tanto que não se reconhece mais este).
Em muitas produções podemos conferir caracterizações exageradas de sinais visíveis de sentimentos. Alguns exemplos seriam:
Design de personagens
Tipos de anime
-Por formato
No Japão, os animes são lançados em três formatos:
-Gêneros
Há vários termos japoneses que definem gêneros tanto do anime como do mangá:
Os seguintes não são gêneros propriamente ditos, mas característica bastante presente em tais desenhos:
Outros gêneros paralelos aos ocidentais são: aventura, ação, ficção científica, comédia, desporto, drama, fantasia e romance. Há ainda temas que se repetem várias vezes: colegiais, demônios, artes marciais, magia, terror.
Animes
Na Língua portuguesa existem duas variantes para esta palavra: anime ou animê.
A
palavra anime não precisa ser lida como oxítona. Na língua japonesa não
existe diferenciação entre paroxítonas e oxítonas, causando uma
dificuldade na tradução para o português.
Alguns Autores afirmam que Anime veio da palavra inglesa Animation (Animação), outros afirmam que veio da palavra francesa Animée (Animado).
A relação entre o anime e o mangá
O
mais normal é que, quando um mangá alcança sucesso considerável de
vendas no Japão, ele seja transformado em anime e se este também
obtiver êxito, é traduzido e distribuído a outros países.
Eventualmente, diversos produtos relacionados ao mesmo começam a ser
produzidos, como jogos de videogame, bonecos e revistas.
Porém,
há também casos em que a ordem se inverte. Um exemplo disto é Neon
Genesis Evangelion, cujo mangá foi produzido após o sucesso da série de
tevê; Dragon Quest, que inicialmente era um jogo; e Pokémon (Pocket
Monsters no Japão) que primeiro era um jogo, a partir do qual foi
produzido um anime e depois um mangá.
Fãs de anime
Com
o crescente sucesso dos animes surgiu uma comunidade de fãs, tanto no
Japão quanto fora dele, que se tornaram conhecidos com otakus. O
próprio termo é alvo de discussões, pois no Japão o verbete possui
conotação pejorativa. Muitos dos espectadores de anime não se
consideram otakus preferindo fugir do rótulo controverso.
O estilo dos animes já influencia a cultura ocidental e está presente também além destes. Por exemplo, a grife Cavalera
já lançou uma coleção com alguns personagens clássicos, influências
orientais e até mesmo citações de yaoi. A banda Daft Punk tem o filme
Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem, que foi
produzido por Leiji Matsumoto e Kazuhisa Takenôchi,
animadores profissionais do Japão (que já fizeram desenhos como Digimon
e Sailor Moon) e é feito inteiramente em traços orientais. Os Linkin
Park também já fizeram referência a clássicos da animação japonesa como
Gundam, além de no seu video clipe de Breaking The Habit todo ele foi realizado usando a tecnica do anime. Madonna se arriscou na turnê Drowned World Tour e criou um bloco inteiro dedicado ao mundo oriental. Em uma das canções são mostrados alguns animes hentais (picantes) nos telões do megashow
de 2001 da popstar. Além disso, em seu mais novo clip, Jump (situado em
Tóquio), a cantora ainda parece se fantasiar de Mello, personagem de
Death Note. O Gorillaz foi outra banda que utilizou animes em seus
clipes.
Postado por Anônimo às 17:37
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